A foca do Lago Baikal é a única foca que vive exclusivamente em água doce do mundo.

Essa condição de animal raro de um local não se restringe apenas ao Boto cor de Rosa do Brasil, existe muitas espécies de animais que são exclusivos de algumas localidades do planeta. Estudos revelam que essa característica se dá a milhares de anos devido à migração dos animais e a escolha por um habitat rico em biodiversidade propícios para sua reprodução.

O lago Baikal, que nomeia a espécie de Foca Baikal, que é também conhecida como Nerpa, está situado no sudeste da Sibéria, com estimativa de 25 milhões de anos de existência, o que o torna o lago mais antigo do mundo. As profundidades atingem surpreendentes 1,6 mil metros, tornando-o o lago mais profundo do planeta – e contém 20% da reserva total de água doce não congelada da Terra.

Conhecida como a “Galápagos da Rússia”, é um dos lugares de maior biodiversidade do planeta, devido à sua idade e isolamento. Possui 1.340 espécies animais, sendo 745 delas endêmicas, e 570 espécies vegetais, sendo que 150 delas ocorrem apenas ali.

A Foca Baikal habita exclusivamente em água doce, é considerada uma das menores espécies de focas do mundo, pesando em média setenta quilos (no entanto, pode chegar a alcançar quase o dobro deste peso). Não exibe distinção visual de sexo tão claro, sendo que os machos são só um pouco maiores que as fêmeas. As fêmeas geralmente dão cria a um filhote, ou, algumas vezes, mais raramente, a dois. A amamentação dos filhotes dura mais ou menos o dobro de tempo do que as espécies de focas marítimas.

Estima-se que a população desta espécie de foca não passe da casa dos sessenta mil. Apesar de proibida a sua caça, a perigosa superfície gelada do Lago Baikal durante o inverno acaba tomando a vida de vários caçadores anualmente. Os residentes das poucas comunidades que se encontram nas margens do lago se permitem o abatimento de um certo número de animais anualmente para a sua alimentação.

Mas existe uma forte proteção de pesquisadores e da própria comunidade a essa espécie tão exclusiva e rara, o que nos alenta. Se tiver interesse de saber por completo da história dessa espécie tem um documentário de poucos minutos.