No Brasil, 28 animais são atropelados a cada minuto, o que dá 40 mil por dia e um alarmante total de 14,7 milhões ao ano.

massacre

Isso é muitas vezes apenas o reflexo da má educação dos condutores pelas estradas, porque muitos motoristas trafegam pelo acostamento e correm o risco de acertar algum animal que está para fazer a travessia da pista.

Esses animais que são atropelados são recolhidos pelo IBAMA ou Ong’s. Existe também o projeto Rodofauna, do Ibram (Instituto Brasília Ambiental, que vem mapeando os pontos de maior ocorrência para que sejam propostas medidas que minimizem esse massacre, como a construção de redutores de velocidade.

[adrotate banner=”14″]

Os impactos já começam na construção das estradas. Quanto mais preservada a área, maior a incidência das mortes, pois os animais circulam atrás de alimentos, acasalamento e abrigo, e com a diminuição das florestas a necessidade de fazerem longas jornadas aumenta.

Embora os estudos ainda se baseiem em estimativas, algumas conclusões começam a ser obtidas. Há um perfil de mortandade conforme a região. Rodovias por onde grãos são escoados (ou com mais lixo) atraem roedores que por sua vez, atraem aves de rapina, raposas, cobras e pequenos felinos que são vitimados nas pistas.

brasil-animais-atropelados

Até a poluição sonora gera impactos. Estudos têm encontrado relação entre os ruídos das pistas e distúrbios na reprodução de anfíbios.

O Ibama é responsável pela autorização de criação de novas rodovias. Os estudos avaliam possibilidade de rotas alternativas que evitem áreas de relevância ambiental. Há também outros recursos como telas, ou passagens abaixo ou acima das pistas, as zoopassagens.

zoopassagem

As zoopassagens não eliminam o problema, mas são vistas por especialistas de todo o mundo como o mais eficiente instrumento na preservação das espécies. Porém, o custo é alto, sobretudo para os padrões do Brasil, onde as rodovias predominam como principais vias de transporte e onde as florestas cobrem grandes extensões.

por: Thamires Rezende