Anos depois do grande acidente da usina nuclear de Chernobyl, os efeitos da radiação continuam a aparecer em animais.
Muito tempo depois do acidente de Chernobyl, a radiação continua a fazer vítimas, e dessa vez são os pássaros, que vivem próximos à região. Após anos de coleta de dados mostraram que os pássaros que vivem no lugar estão sobrevivendo à radioatividade e, em alguns casos, aproveitando-se da exposição prolongada à radiação para obter benefícios em seu organismo. “Estudos anteriores da vida selvagem em Chernobyl mostraram que a exposição à radiação crônica acabava com os antioxidantes e aumentava o dano oxidativo”, disse o condutor do estudo, Dr. Ismael Galván. “O que nós encontramos foi o contrário”, concluiu. A exposição à radiação ajudou na adaptação dos pássaros.
Através de coleta de sangue desde os anos 90, os pesquisadores perceberam que a condição física das aves melhorou, e que, muito ao contrário do que se imaginava, o DNA alterado diminuiu conforme o aumento das quantidades de radiação. Através dessa pesquisa, foi evidenciado que esses animais podem se adaptar a ambientes radioativos. Essa pesquisa é restrita a apenas dezesseis espécies de aves diferentes e mostra como Chernobyl afetou a vida selvagem com o passar de todos esses anos.
Bom, mas é claro que este trata-se de um caso positivo entre outros muito ruins, como outras espécies de pássaros que por causa da radiação tiveram o tamanho de seus cérebros diminuídos em até 5%.
A pesquisa considerou coletas de informações de 550 aves de 48 espécies diferentes, que costumam habitar a chamada zona de exclusão, próximo ao reator que causou o acidente na Ucrânia. A pesquisa, publicada na revista Plos One, mostra provas conclusivas dos efeitos radioativos.
por: BioRetrô