A tecnologia nunca foi tão disseminada quanto nos dias de hoje, imagine podermos usá-la em benefício ao meio ambiente?

Em tempos de consumo irracional e exacerbado, poucos são os produtos que realmente possuem um retorno ao meio ambiente quando consumidos. Com a tecnologia desenvolvendo-se rapidamente a cada ano, o que antes podia parecer inovador acaba tornando-se ultrapassado em um período curtíssimo de tempo, fazendo com que os consumidores sintam a necessidade de adquirir novos produtos muito antes do que costumavam duas décadas atrás.

Destacam-se nessa produção de lixo tecnológico os produtos eletrônicos. Antigamente, os produtos eram feitos para durar, embora o design e as funções não fossem tão incríveis como são hoje em dia. As televisões de tubo, por exemplo, chegavam a durar mais de 10 anos, mas ficar com a mesma televisão por tanto tempo hoje é considerado um absurdo para a maioria da população capitalista. A grande febre do consumo atualmente são os smartphones e tablets, que trouxeram mais praticidade e inovação para o dia a dia de todos que possuem um.

Mas não julgamos! Esses produtos são realmente muito bacanas e fazem a diferença. Mas como aliar seu uso a favor do meio ambiente?

Algumas ações que visam o bem à natureza – e ao próximo – já surgiram e viraram notícia. Em 2012, algumas escolas brasileiras passaram a implantar tablets nas salas de aula em alternativa à compra de livros. No Centro Educacional Sigma, em Brasília, a implantação foi total: o único item na lista de materiais era um tablet. Os alunos precisaram, então, comprar aplicativos feitos pelos professores e exclusivos do colégio, com conteúdos de estudo como vídeo aulas, infográficos e atividades. Ao propor essa alternativa nas escolas, a compra de livros será menor; e isso afeta o meio ambiente, mesmo que indiretamente,pois a impressão de papel é um dos grandes responsáveis pela exploração madeireira. Esse projeto já existe também em outros países, como os Estados Unidos. Nesse caso, o tablet valerá o investimento e não se tornará mais um resultado de um consumo irracional.

Já a marca NoteSlate foi mais a fundo com essa ideia de substituir o uso de papel e criou um tablet do tamanho de uma folha A4 com o objetivo de substituir blocos e cadernos de anotações. O gadget tem a espessura de 6 mm para chegar o mais próximo possível da proposta de imitar uma folha de papel, e possui uma caneta de tinta virtual que simula a cor e textura de lápis e giz. O tablet possui memória de 32GB e três botões laterais para salvar e apagar o conteúdo, e passar as páginas. Ele também permite ouvir música e conta com uma entrada USB, além de bateria que chega a durar 180 horas, uma alternativa para consumo de energia.

 

 A Fundação do Meio Ambiente (FATMA) de Santa Catarina também elevou seus ideais para o mundo virtual dos tablets e smartphones, criando um app para Android e iOS que permite ter acesso à todas as informações das dez unidades de conservação do estado. A Fundação disponibiliza coordenadas, fotos, horários de visita e vídeos sobre os tipos de biodiversidade nas unidades de conservação. De acordo com o presidente da Fundação, Gean Loureiro, a intenção do aplicativo é tornar as informações mais acessíveis aos usuários e estimular visitas nas Unidades de Conservação de Santa Catarina, uma forma de aproximar as pessoas da natureza.

Existem mil maneiras simples e práticas de ajudar o mundo em que vivemos, até onde menos esperamos!

Este post foi produzido em uma parceria entre o Magazine Luiza e o BioRetrô.