É possível reduzir e melhorar o aproveitamento do lixo que produzimos, para isso existe a coleta seletiva.

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A Coleta seletiva é um sistema de recolhimento de resíduos recicláveis, sendo eles orgânicos, inorgânicos, secos ou úmidos, recicláveis e também os não recicláveis que são recolhidos e levados para seu reaproveitamento ou descarte de forma sustentável.

Tem como finalidade minimizar o impacto dos descartes de bens de consumo da indústria de forma maciça, através do recocolhimento seletivo. Um processo de baixo impácto ambiental e de estímulo econômico que faz parte do sistema de reciclagem.

A importância da coleta seletiva é muito abrangente, deixou de se tornar um sistema apenas de investimento público para ganhar força e se tornar uma forma de obteção de lucro da iniciativa privada. A coleta seletiva é capaz de reduizir e até eliminar o impácto ambiental da sociedade com os resíduos, extinguindo o processo que se tinha por padrão nas políticas públicas, com reservas de enormes áreas ao ar livre para apenas armazenamento do lixo de forma limitada, para uma forma de armazenamento de residuos com fluxo em ciclo, recolhimento, armazenamento, processamento e venda.

Sobre a Coleta Seletiva

O primeiro registro de uso do sistema de reciclagem foi no Japão no século 9º com a reciclagem de papel. O objeto se tornou um produto muito comum entre os japoneses e assim começaram a ver a possibilidade e a necessidade de reciclar.

Mas a origem da coleta seletiva se dá na Alemanha 1990, após o país enfrentar problemas com aterros sanitários, onde se criou uma auditoria para neutralizar a produção de resíduos gerado pelo consumo de produtos industrializados.

Como consequência, foi atribuído pelos legisladores do país, a responsabilidade dos resíduos de embagens as empresas que o fabricavam e o comercializavam.

Em contrapartida, após de uma pressão política, os fabricantes criaram o “The Green Dot”, o primeiro sistema de reciclagem no mundo para a coleta de resíduos domésticos e comerciais.

E desde 2016 a Alemanha tem o maior índice de reciclagem do mundo, com mais de 56% de todos os resíduos produzidos sendo reciclados.

Os registros da implantação da coleta seletiva no Brasil teve início em 1993, depois da publicação da
coletânea “Coleta Seletiva de Lixo – experiências brasileiras”, pela CEMPRE, com a publicação dos informativos e pesquisas Ciclosoft.

O processo da publicação da pesquisa estimulou municípios e instituições a implantar o sistema de coleta seletiva, com a adoção dos sistemas de coleta de porta-a-porta ou em pontos de entrega, chamados de PEVs – Pontos de Entrega Voluntária.

A Resolução nº 275/01 criada em 2001 estabeleceu o código de cores da coleta seletiva para ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.cinza.

A Coleta Seletiva é o primeiro e o mais importante passo para fazer com que vários tipos de resíduos sigam seu caminho para reciclagem ou destinação final ambientalmente correta, pois o resíduo separado corretamente deixa de ser lixo contaminante para o meio ambiente e passam ter um papel importante na cadeia industrial e comercial.

A coleta seletiva criou um papel importante para sociedade no que se refere a proteção do meio ambiente, pois os produtos que antes eram descartados passa a ter um valor econmico e deixa de estar presente em nossa vida como um problema agora e para outras gerações, tendo em vista o tempo que esses materias permaneceriam contaminando nosso meio ambiente.

O papel leva de três a seis meses, o filtro do cigarro e o chiclete levam cinco anos, a lata de aço de cinco a dez anos, o náilon mais de 30 anos, o plástico e o alumínio centenas de anos, o vidro mais de mil anos e a borracha leva um tempo indeterminado.

Curiosidade

O símbolo de reciclagem de ‘setas em círculo’ foi criado por um estudante de arquitetura do sul da Califórnia que estava participando de um concurso. Algumas pessoas da área da arquitetura gostaram da ideia e replicaram o símbolo para surpresa dele. “Nunca eu poderia ter imaginado que o logotipo que ele desenhou seria tão amplamente conhecido.”

Sistema de coletas seletivas

Existem 3 tipos de coleta seletiva com sistemas sutilmente diferentes entre eles, que diferem principalmente sobre onde no processo os reciclados são classificados e limpos. As principais categorias são coleta mista de resíduos, mistura de recicláveis ​​e separação na fonte.

Coleta mista

Os materiais reciclados são coletados misturados ao restante de outros resíduos onde os materiais desejados são separados e limpos em uma triagem feita por uma central de triagem. Um sistema mais trabalhoso e com maior custo mas que resulta em uma grande quantidade de lixo reciclável que os demais tipos. Esse processo gera resíduos mais contaminados para se reprocessar, mas em contra partida não se precisa criar um sistema para coletar o resíduos de nenhuma educação pública para que ela funcione.

 

Separação na fonte

A separação da fonte é o sistema que se usa de lixeiras com as classificações de cada resíduo, sendo o mais adotado ultimamente pela seu custo inferior na separação e limpeza dos resíduos, onde os materiais são classificados antes da coleta por um sistema de coleta seletiva. Requer o mínimo de classificação pós-coleta e produz os recicláveis ​​mais puros. No entanto, esse sistema possui custos operacionais adicionais para a coleta de cada material e requer ampla educação pública para evitar o descarte inadequado dos reciclados.

 

Centros de recompra

É um sistema que usa de máquinas autônomas e em áreas públicas para a recepção dos materiais reciclados. Esse sistema trabalha com a forma de pagamento, onde todos objeto reciclável que é descartado é pago para quem o o insere, conforme sua especificação.

A aceitação das máquinas de coleta seletiva é maior pelo retorno financeiro, uma véz que a contaminação dos resíduos são quase inexistente, o que garante um materia para reciclagem de maior qualidade e de baixo custo de manuseio.

 

Principais formas de coleta seletiva

Porta a Porta

A mais usual em políticas públicas e de maior adesão é a coleta seletiva feita por veículos coletores que percorrem as residências e locais em dias e horários específicos para recolhimento dos resíduos em lixeiras com identificação de recicláveis. Os moradores e empresas colocam os recicláveis acondicionados em lixeiras distintas;

PEV (Postos de Entrega Voluntária)

Muito utilizado por grande comunidades, empresas, e se utiliza contêineres ou pequenos depósitos, colocados em pontos físicos no município ou da iniciativa privada, onde o cidadão e empresas, deposita os recicláveis para sua coletagem;

Postos de Troca

São locais de troca do material a ser reciclado por algum bem. Muito usado por Ongs e associações sem fins lucrativos como uma forma social para chamar atenção para a ação e trabalhar de forma educativa a questão do descarte adequado do lixo.

PICs ( Programa Interno de Coleta Seletiva)

Outra modalidade de coleta seletiva é a PICs, que é realizado em instituições públicas e privadas, em parceria com associações de catadores que visa incentivar economicamente a manutenção e a proteção dessa atividade. Voltado para uma questão social a PICs propicia maior rentabilidade na esfera econômica, por envolver em um ciclo de trabalho com pessoas preparadas e capacitadas que atuam na área, fomentando assim a proliferação e manutenção desse setor na economia da sociedade.

 

Principais benefícios da coleta seletiva

– Promove a consciência ambiental dos cidadãos
– Evita a contaminação do solo e da água
– Evita o desperdício dos recursos naturais não-renováveis
– Promove a reciclagem (reaproveitamento de materiais)
– Melhora a economia (diminuir custos de produção, geração de empregos, etc.)
– Alivia e prolonga a vida útil dos aterros sanitários

 

Objetivo da coleta seletiva

É preciso em todas as maneiras de REDUZIR o lixo, REAPROVEITAR tudo o que for possível, e só depois pensar em enviar materiais para RECICLAR. Essa forma de atuação é chamada de 3 Rs, que é a letra inicial de cada uma das palavras-chave.

Reduzir: insentivar a mudança de hábitos de consumo da sociedade, reduzindo assim a proliferação de lixo.

Reutilizar: busca a reutilização de materiais, descartáveis como lata de alumínio, sacolas de supermercado, potes de vidro e plástico, dentre outros para transformar ou criar uma nova utilidade para esses objetos.

Reciclar: pretende-se através de processos artesanais ou industriais, transformar materiais que tenha na sua composição o plástico, alumínio, papel, vidro, em novos produtos.

Existem alguns materiais que não podem ser reciclados e os mais conhecidos são:

  • Papéis não recicláveis: adesivos, etiquetas, fita crepe, papel carbono, fotografias, papel toalha, papel higiênico, papéis e guardanapos engordurados, papéis metalizados, parafinados ou plastificados.
  • Metais não recicláveis: clipes, grampos, esponjas de aço, latas de tintas, latas de combustível e pilhas.
  • Plásticos não recicláveis: cabos de panela, tomadas, isopor, adesivos, espuma, teclados de computador, acrílicos.
  • Vidros não recicláveis: espelhos, cristal, ampolas de medicamentos, cerâmicas e louças, lâmpadas, vidros temperados planos.

 

Existe uma padronização dos reciclados criado para regulamentar o sistema, que é a resolução de nº 275, instituída pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) em 2001, é responsável por padronizar as cores dos principais materiais recicláveis.

Muitos são os materiais reaproveitáveis que dentre eles estão o papel, vidro, metal e o plástico que são padronizados por cores conforme a Resolução Nº 275 de 25 de abril de 2001 instituída pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), sendo este um parâmetro oficial, inclusive internacional.

Veja abaixo as listas com as cores, símbolos e números destinado para os materiais recicláveis, de acordo com a resolução do Conama que deve ser obedecida pelas instituições oficiais para sua implementação.

Cores

  • Azul: papéis e papelões;
  • Verde: vidros;
  • Vermelho: plásticos;
  • Amarelo: metais;
  • Marrom: resíduos orgânicos;
  • Preto: madeiras;
  • Cinza: materiais não reciclados;
  • Branco: lixos hospitalares;
  • Laranja: resíduos perigosos;
  • Roxo: resíduos radioativos.

Para os plásticos são utilizados os símbolos em formato triangular com número identificado a qual plástico se refere

 

Símbolos de identificação de materiais

 

 

A coleta seletiva de lixo é de extrema importância para a sociedade. Além de gerar renda para milhões de pessoas e economia para as empresas, também significa uma grande vantagem para o meio ambiente, uma vez que diminui a poluição dos solos e rios. Dessa maneira possibilitamos o maior aproveitamento do resíduo, que antes era descartado e como consequência do seu não aproveitamento aumentaria a quantidade de lixo causando grandes problemas ambientais.